Quinta, 28 de Março de 2024
   
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Provérbios 4.3-6

  

Provérbios 4.3-6

“Quando eu era menino, ainda pequeno, em companhia de meu pai, um filho muito especial para minha mãe, ele me ensinava e me dizia: ‘Apegue-se às minhas palavras de todo o coração; obedeça aos meus mandamentos, e você terá vida. Procure obter sabedoria e entendimento; não se esqueça das minhas palavras nem delas se afaste. Não abandone a sabedoria, e ela o protegerá; ame-a, e ela cuidará de você’” (Pv 4.3-6 NVI).

Há muitos anos, uma cadela abandonada começou a dormir do lado de fora do portão da casa dos meus pais. Minha mãe, com seu coração mole, começou a lhe dar comida e ela não demonstrou nenhuma vontade de mudar de endereço. Com o tempo, minha mãe a adotou, mas não demorou para percebermos que foi a cadela quem nos adotou. Ela parecia tão grata com o cuidado que recebeu que passou a cuidar da casa como nenhum outro cachorro do quintal jamais o fez. Ela dormia próximo ao portão e ficava atenta a cada pessoa que passava ou que tocava a campainha e, se alguém era recebido em casa, ela acompanhava atenta os movimentos do visitante, dando até algumas mordidas nos calcanhares de pessoas que, da óptica dela, agiram de modo suspeito. Minha mãe cuidou daquela que passou a cuidar de nós.

Salomão parece ter aprendido um conceito semelhante com seu pai. Para encorajar os filhos a seguir os conselhos paternos (vv.1,2), ele conta seu próprio exemplo, remetendo ao seu passado, quando “era menino, ainda pequeno, em companhia de meu pai, um filho muito especial para minha mãe”. Esse carinho que recebia em seu lar era percebido por ele na ação instrutiva de seu pai, o rei Davi, pelo que diz que “ele me ensinava e me dizia”. A partir daqui, até o v.9, são reproduzidas algumas palavras que Davi ensinou ao jovem Salomão em dias passados, dizendo-lhe: “Apegue-se às minhas palavras de todo o coração; obedeça aos meus mandamentos, e você terá vida” — palavras parecidas com as que o próprio Salomão agora ensina ao seu filho. A ênfase do rei Davi está no apego à orientação “de todo coração”, o que torna a busca pela sabedoria algo pessoal e apaixonado, não apenas mecânico e ritual. A ideia é ter as orientações sábias em tão alta conta que o apego a elas não pode ser negociado ou ignorado. Em vez disso, a sabedoria se torna alvo do cuidado especial do servo de Deus, de modo que ele preserva e proclama a mensagem do Senhor e a põe em prática em sua vida.

Salomão continua a relatar as palavras de seu pai e revela sua insistência na necessidade de ouvir a instrução paterna, pelo que Davi lhe repetia: “Não se esqueça das minhas palavras nem delas se afaste”. Entretanto, isso não bastava. O rei Davi também dizia ao filho “procure obter sabedoria e entendimento”, o que significa que Salomão devia começar pelos conselhos que aprendeu em casa e alçar voos mais altos no relacionamento com Deus e no conhecimento das Escrituras a fim de se tornar cada dia mais sábio e mais santo. O encorajamento para uma tarefa tão árdua e longa vem quando Davi diz: “Não abandone a sabedoria, e ela o protegerá; ame-a, e ela cuidará de você”. Assim, o servo de Deus deve cuidar da busca pela sabedoria e a sabedoria cuidará dele. E quanto mais o servo de Deus luta para ser santo e justo em um mundo corrompido como o nosso, mais ele percebe o quanto precisa da proteção da sabedoria. Quando o diabo tenta por todos os meios invadir nosso modo de viver, a sabedoria da Palavra de Deus é o melhor cão de guarda para nos proteger. Alimente-a bem!

Pr. Thomas Tronco

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