Quinta, 28 de Março de 2024
   
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Provérbios 3.33-35

  

Provérbios 3.33-35

“A maldição do Senhor habita na casa do ímpio, mas a habitação dos justos abençoará. Certamente ele escarnecerá dos escarnecedores, mas dará graça aos mansos. Os sábios herdarão honra, mas os loucos tomam sobre si vergonha” (Pv 3.33-35 NVI).

Um dia desses, vi alguém defendendo o universalismo — a doutrina que ensina que Deus salvará todas as pessoas indiscriminadamente — com base no texto bíblico que diz que “para com Deus não há acepção de pessoas” (Rm 2.11 ARA). Entretanto, o contexto evidencia que Paulo quer dizer que Deus concede “paz a todo aquele que pratica o bem, ao judeu primeiro e também ao grego” (Rm 2.10 ARA), o que coloca o termo “acepção” em um quadro no qual Deus não salva pessoas apenas de uma só etnia, ou de um único sexo ou tampouco de determinada classe social, mas todo aquele que crer e for justificado pela fé em Cristo, seja homem ou mulher, judeu ou gentio, rico ou pobre, velho ou moço, estudado ou ignorante. Entretanto, Deus faz uma clara separação entre o crente e o incrédulo, justificando o primeiro e condenando o segundo.

Salomão conhecia essa verdade e jamais imaginaria um Deus que não julga o culpado ou que é condescendente com o mal e com a incredulidade. Por isso, ele diz que “a maldição do Senhor habita na casa do ímpio, mas a habitação dos justos abençoará”. É muito interessante ver o jogo de palavras que o escritor faz com a ideia da “habitação”, indicando que Deus habita com seus servos, mas se afasta dos ímpios, deixando para eles apenas seu rigor e juízo — o termo “maldição”, quando associado à ação divina, tem o sentido de punição sobre os pecadores. É claro que essa verdade é rejeitada por muitas pessoas por imaginar que há nisso alguma injustiça, mas o escritor também deixa claro que Deus não cobra dívidas inexistentes, nem pune quem não mereça, dizendo que “certamente ele escarnecerá dos escarnecedores” — o uso duplo do mesmo verbo produz a nítida ideia da justa retribuição que o Senhor dá aos homens injustos. Porém, as pessoas justificadas por meio da fé em Cristo recebem um tratamento diferente, o qual é descrito ao se dizer que Deus “dará graça aos mansos”.

Essa diferença no tratamento divino entre crentes e incrédulos é um dos assuntos mais frequentes e importantes das Escrituras, pelo que nelas se oferece repetidas vezes o ensino sobre o caminho de o homem chegar a Deus — Jesus mesmo disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (Jo 14.6). Seguindo tal critério, “os sábios herdarão honra” promovida pelo próprio Senhor, “mas os loucos tomam sobre si vergonha” devido à ação punitiva de Deus. Por isso, pense muito bem que tipo de valores você quer acolher em sua vida, pois, por mais que você se beneficie de situações de injustiça e incredulidade, terá de enfrentar o juízo de Deus mais cedo ou mais tarde. Prefira o caminho da fé e da confiança na bondade e no amor do Senhor. As únicas bênçãos e honras que perduram são aquelas que recebemos da graça de Deus por meio da justificação pela fé. Todo o resto redundará em maldição e vergonha.

Pr. Thomas Tronco

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