Sexta, 29 de Março de 2024
   
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Provérbios 27.10

  

Provérbios 27.10

“Não abandone o seu amigo nem o amigo de seu pai; quando for atingido pela adversidade não vá para a casa de seu irmão; melhor é o vizinho próximo do que o irmão distante” (Pv 27.10 NVI).

Napoleão tinha um jovem amigo de escola, chamado Demasis, que muito o admirava. Depois de alguns reveses, Napoleão ficou desempregado e sem um tostão. Ele pensava em suicídio e estava a caminho da ponte da qual esperava se atirar, quando o seu velho amigo, Demasis, o encontrou e perguntou qual era o problema. Napoleão foi franco e disse que não tinha nenhum dinheiro, que sua mãe estava passando necessidades e que ele estava desesperado. “Se isso é tudo”, disse Demasis, “pegue esse montante para suprir suas necessidades” — e lhe entregou certa quantia em ouro. Quando Napoleão chegou ao poder, procurou por Demasis por toda parte. Ele queria promovê-lo e torná-lo rico, mas nunca o encontrou. Depois, ficou sabendo que Demasis viveu e serviu em um de seus exércitos, mas nunca quis se tornar conhecido. O socorro que prestou no passado não foi por interesse, mas por pura amizade.

Esse laço profundo que há entre amigos verdadeiros é algo que Salomão enaltece em várias ocasiões. Nesse caso, ele dá conselhos sábios em dois sentidos. O primeiro é o do leitor para com seus amigos, pelo que instrui dizendo “não abandone o seu amigo nem o amigo de seu pai”. Essa é uma lição de fidelidade em tempos de crise. Ao dizer “não abandone”, ele pinta um quadro em que o amigo está em uma situação em que a coisa mais natural seria abandoná-lo. Na verdade, em circunstâncias assim, a maioria das pessoas já o abandonara, razão pela qual os verdadeiros amigos são fundamentais, de modo que são cobrados no sentido de serem fiéis. É muito interessante a menção não apenas ao “amigo”, mas também ao “amigo de seu pai”, o que mostra que a união familiar é estendida a esses amigos seletos como se eles mesmos fossem familiares próximos.

O segundo sentido é o do amigo para com o leitor e a ordem do escritor é “quando for atingido pela adversidade não vá para a casa de seu irmão”. As primeiras pessoas a quem aquele que passa por uma situação difícil pensa em recorrer são seus familiares mais próximos, os quais têm, de fato, responsabilidade de ajudar. Contudo, a última parte do versículo imagina a ocorrência de não haver um irmão de sangue próximo, pelo que diz que “melhor é o vizinho próximo do que o irmão distante”. A não ser em casos extremos, os irmãos sempre socorrem uns aos outros. Mas se não há um irmão por perto, o provérbio ensina que um amigo próximo pode ser tão fiel e leal quanto um irmão de sangue, tamanha a união da amizade verdadeira. É por isso que os amigos devem ser tão bem escolhidos e nenhum interesse espúrio deve sustentar essa ligação. Desse modo, a amizade será maravilhosa nos bons momentos e um refúgio seguro nos dias maus. Afinal, “o amigo ama em todos os momentos; é um irmão na adversidade” (Pv 17.17).

Pr. Thomas Tronco

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