Sexta, 19 de Abril de 2024
   
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Provérbios 27.15,16

  

Provérbios 27.15,16

“A esposa briguenta é como o gotejar constante num dia chuvoso; detê-la é como deter o vento, como apanhar óleo com a mão” (Pv 27.15,16 NVI).

Quando eu era solteiro, morei temporariamente em uma casa que não estava muito bem conservada. Entretanto, ela me serviu bem durante algumas semanas, com exceção de uma noite. A torneira da pia, que já pedia por uma troca há algum tempo, começou a gotejar água sobre a cuba fazendo um barulho incômodo. Ignorei, a princípio, mas depois de quinze minutos eu não conseguia mais desviar minha atenção daquele barulho. Então me levantei e coloquei um copo sob a torneira, mas o barulho das gotas caindo sobre a água me irritava do mesmo jeito. Tentei outras coisas, mas elas só funcionavam durante algum tempo. Depois de duas horas lutando contra a goteira, peguei minhas coisas e fui dormir na casa de um amigo. No dia seguinte, comprei uma torneira nova.

A irritação de uma goteira é algo tão notório que ela já serviu muito tempo como método de tortura, capaz de levar os torturados quase à loucura depois de vários dias sentindo gotas lhe caírem sobre a cabeça. O que parece algo simples no início, um mero capricho, torna-se uma coisa insuportável com o passar do tempo e com a repetição constante. É a esse tipo de tormento que Salomão compara “a esposa briguenta”: ela é “como o gotejar constante num dia chuvoso”. Ao colocar o problema nesses termos, ele alerta seus leitores de que a frequência das brigas provocadas por esse tipo de mulher pode causar transtornos sérios que a princípio não pareciam tão graves. Porém, assim como a chuva fornece água ilimitada para uma goteira, os motivos que a mulher briguenta encontra para discutir, reclamar e implicar são muito mais numerosos do que se possa contar, alguns deles completamente absurdos e sem qualquer sentido.

Se o leitor pensava que essa era a má notícia contida no provérbio, estava enganado, pois há mais. O escritor mostra que muitas vezes esse problema é intratável, afirmando ser tão difícil quanto tentar “deter o vento” ou “apanhar o óleo com a mão”. Não importa quanto você se esforce, o vento sempre vai passar por você e o óleo sempre irá escorregar pelas mãos. Por isso, o provérbio age mais como um alerta para aquele que tem de escolher a mulher com quem irá passar toda sua vida e não exatamente como uma receita para mudar esse tipo de pessoa — é claro que há problemas tipicamente masculinos que também devem ser evitados pelas mulheres que buscam por um marido. Para quem já se casou com pessoas assim, o jeito é ter paciência e continuar tentando agarrar o vento. Contudo, se há tempo de escolher, é exatamente o que o sábio deve fazer em vez de se deixar levar por um sentimento cego que desconsidera avisos importantes ou que é tolamente otimista a respeito de mudanças que ele pretende efetuar depois de casado. O sábio não faz nada às pressas, nem por impulso e muito menos por um sentimento que desconsidera o bom senso. Depois, não adianta chorar!

Pr. Thomas Tronco

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