Sexta, 29 de Março de 2024
   
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Provérbios 26.10

  

Provérbios 26.10

“Como o arqueiro que atira ao acaso, assim é quem contrata o tolo ou o primeiro que passa” (Pv 26.10 NVI).

Um garoto estava dormindo certa noite em seu beliche quando sentiu uma dor aguda na mão. Ele gritou de dor e imediatamente seus pais o socorreram. A mão estava sangrando, fruto de um tiro. Depois do socorro médico, a polícia iniciou a investigação. Havia um buraco no forro do quarto por onde a bala entrou. A perícia então, recuperando o projétil, chegou à conclusão que se tratava de uma bala de revolver, calibre 32. Calcularam o ângulo de entrada da bala, estimaram a trajetória ascendente e descendente daquele tipo de projétil e concluíram que ele foi disparado de certo bairro. Investigando mais, descobriram que naquela noite o segurança de uma empresa daquele bairro havia dado um tiro para cima para espantar ladrões que rondavam. O segurança obviamente foi processado pelo seu disparo irresponsável.

Assumir riscos contando com a sorte não é uma ação considerada como sábia por Salomão. Por isso, ele fala de uma pessoa que age “como o arqueiro que atira ao acaso”. Significa tomar um arco na mão e atirar a flecha ao ar sem mirar em nada esperando que ela atinja o lugar correto. Há um exemplo na Bíblia em que isso deu certo, pois um arqueiro sírio atirou uma flecha ao acaso e atingiu o rei Acabe exatamente na junta de sua armadura, causando um ferimento que o levou à morte (1Rs 22.34,35). Entretanto, esse é um caso em que a Bíblia mostra que Deus queria matar o ímpio rei de Israel. Além disso, no meio da guerra, qualquer pessoa que esse arqueiro atingisse do lado inimigo seria um lucro para o seu país. Porém, no geral, essa é uma atitude tola, pois a flecha atirada ao acaso pode atingir uma caça ou uma pessoa, um inimigo ou um amigo. Contar com a sorte nesse nível é pedir pelo azar.

Salomão se vale dessa figura para fazer uma dramática comparação com o empregador que “contrata o tolo ou o primeiro que passa”. Assim como a tolice do arqueiro, a pessoa que escolhe qualquer um para munir de responsabilidade é alguém que se arrisca perigosamente. É claro que a seriedade com o que o provérbio é posto mostra que se trata de uma função de responsabilidade que demanda muita confiança. Em casos assim, arriscar sem ter uma boa parcela de conhecimento sobre a pessoa a ser investida de responsabilidade e simplesmente esperar dar certo é uma grande tolice. Confiar em Deus para a tomada de uma decisão faz parte de ter fé nele, mas em lugar algum o Senhor nos ensina a ser inconsequentes, jogando sobre ele a responsabilidade por nossa falta de sabedoria. Não coincidentemente, o mesmo crédito que se precisa dar a um funcionário que ocupe um cargo de responsabilidade vale para outras áreas de confiança. Por isso, cuidado com as pessoas em quem confia. Não deposite fé em qualquer um, muito menos o faça rápido demais. Tomar esse cuidado faz parte do que é ser sábio e do que é ser um servo a Deus.

Pr. Thomas Tronco

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