Quarta, 24 de Abril de 2024
   
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Provérbios 23.19-21

  

Provérbios 23.19-21

“Ouça, meu filho, e seja sábio; guie o seu coração pelo bom caminho. Não ande com os que se encharcam de vinho, nem com os que se empanturram de carne. Porque o beberrão e o comilão acabarão na pobreza; e a sonolência os faz vestir-se de trapos” (Pv 23.19-21 NVI).

Um pequeno garoto chamado Alexander estava tentando guardar todas as moedas que podia a fim de comprar um bastão de beisebol. Apesar de parecer uma tarefa simples, para aquele garoto ela se tornou um grande desafio. Certa noite, quando ele estava fazendo suas orações, sua mãe o ouviu dizer com fervor: “Ó Senhor, por favor, ajude-me a guardar o meu dinheiro para que eu possa comprar um bastão de beisebol. E, Deus, não deixe o sorveteiro passar por essa rua!”. Interessante como desde cedo os desejos básicos ligados aos alimentos conseguem controlar os homens e fazê-los ultrapassar limites que não deveriam.

O problema da falta de controle não é novidade para ninguém. Excessos sempre fizeram parte dos hábitos humanos. Porém, nunca fizeram bem e sempre deixaram consequências severas. Por isso, Salomão, mais uma vez ensinando o filho a guiar “seu coração pelo bom caminho”, o orienta para que “não ande com os que se encharcam de vinho, nem com os que se empanturram de carne”. Obviamente, a preocupação de Salomão é que o filho, ao viver muito próximo de gente assim, acabe se tornando um deles. Não se trata apenas de reputação, ou seja, de cair na boca das pessoas como quem se relaciona com gente repreensível, mas imitar sua conduta por se acostumar com ela aos poucos pela constante convivência. É a preocupação de um pai que, sabendo de uma epidemia, evita que o filho brinque com outras crianças que apresentem sintomas da doença.

Como não se trata de um vírus ou de uma bactéria, o escritor descreve o desenvolvimento da doença que ele quer evitar em seus leitores dizendo que “o beberrão e o comilão acabarão na pobreza; e a sonolência os faz vestir-se de trapos”. Pessoas sem controle se perdem nas coisas mais básicas, deixando-se levar pelos vícios e negligenciando os deveres. Isso é tão verdade que eu, pessoalmente, já vi o homem mais rico de uma cidade caído em uma sarjeta, bêbado, enquanto cães lambiam sua boca. Entretanto, esse não é um perigo apenas para beberrões. A verdade é que as pessoas que não têm domínio próprio na área alimentar, dificilmente têm domínio próprio em outras áreas da sua vida — isso não é verdade sempre, mas quase sempre. O fato é que o domínio próprio é uma virtude que, se desenvolvida, atinge toda a vida do servo de Deus. Negligenciar isso é se colocar em grande risco e deixar em xeque objetivos muito importantes. Será que vale a pena todo esse risco por mais um prato e mais uma taça de um banquete?

Pr. Thomas Tronco

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