Sexta, 29 de Março de 2024
   
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Provérbios 21.25,26

  

Provérbios 21.25,26

“O preguiçoso morre de tanto desejar e de nunca pôr as mãos no trabalho. O dia inteiro ele deseja mais e mais, enquanto o justo reparte sem cessar” (Pv 21.25,26 NVI). 

Quando a Primeira Guerra Mundial foi deflagrada, o Ministério da Guerra de Londres enviou uma mensagem codificada a um dos postos avançados britânicos nas áreas de difícil acesso da África. A mensagem dizia: “A guerra foi declarada. Prendam todos os inimigos estrangeiros em seu distrito”. Algum tempo depois, o Ministério da Guerra recebeu uma resposta bastante curiosa que dizia o seguinte: “Foram presos dez alemães, seis belgas, quatro franceses, dois italianos, três austríacos e um americano. Por favor, informem imediatamente contra quem estamos em guerra”.

Muitas vezes, o homem não sabe quem são seus verdadeiros inimigos. Na situação abordada por Salomão nesse trecho de Provérbios, o inimigo imaginário do homem é o “trabalho”. É verdade que, depois da queda, Adão e a humanidade foram condenados a obter seu sustento com o “suor do rosto” (Gn 3.19). Mas isso quer dizer que o trabalho se tornou mais difícil e penoso, mas não ruim em si. Porém, o tolo, em vez de lutar contra a indisciplina que atrapalha o trabalho, luta contra o trabalho em si e sonha em viver sem “nunca pôr as mãos no trabalho”. Não fazendo o que precisa, o “preguiçoso” prefere dar livre curso aos seus desejos e, ironicamente, “morre de tanto desejar”. Não se trata de uma doença ligada ao desejo, mas do modo de o escritor dizer que o tolo perde todo seu tempo alimentando os desejos da carne e não cumpre suas responsabilidades, passando por sérias privações que, nos piores casos, podem levá-lo até mesmo à morte.

O escritor bíblico não está exagerando, apesar de seu modo de colocar as coisas nos pareça, a princípio, excessivamente dramático. Mas o excesso não está na abordagem e sim no ponto em que o tolo se deixa levar pelo pecado, pois “o dia inteiro ele deseja mais e mais”. Isso nos mostra que algumas pessoas vivem apenas para satisfazer ou para buscar a satisfação dos seus desejos, tornando, com isso, suas vidas completamente vazias. Como fazer para evitar chegar a um ponto como esse? O texto explica dizendo que, enquanto o preguiçoso insensato perde seu tempo com seus desejos, “o justo reparte sem cessar”. Isso não significa que ser um benfeitor evita o mal, mas que o desapego pelos bens sim. Se um homem é escravo de seus desejos, sofre as desventuras de um escravo. O modo sábio de agir é utilizar os bens que se tem sem se deixar dominar por eles. Além disso, é preciso se satisfazer com o que se tem, ou então nada o satisfará. Pergunte-se, portanto, se você possui bens ou se eles lhe possuem.

Pr. Thomas Tronco

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