Quinta, 18 de Abril de 2024
   
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Provérbios 20.25

  

Provérbios 20.25

“É uma armadilha consagrar algo precipitadamente, e só pensar nas consequências depois que se fez o voto” (Pv 20.25 NVI). 

O livro de Atos conta que, depois de Barnabé ter vendido uma propriedade e doado o dinheiro para os irmãos carentes (At 4.36,37), Ananias e Safira quiseram fazer o mesmo (At 5.1-11). É possível que tivessem sido motivados pela necessidade dos irmãos. Porém, o desfecho da história mostra que é mais provável que tenham gostado do modo como Barnabé foi amado pelo que fez. Por isso, se comprometeram a vender suas terras e doar o dinheiro para o cuidado dos necessitados. Mas quando receberam o valor da venda, por ser muito, arrependeram-se de terem prometido o valor total e deram apenas uma parte, dizendo que era tudo. Pedro lhes explicou que eles não tinham de ter dado nada, mas que sua promessa diante de Deus que não foi cumprida era algo muito mal. Logo em seguida, ambos morreram.

Parte do problema que levou esse casal a um pecado desnecessário foi, certamente, sua motivação baseada em valores errados como o desejo de serem admirados por todos. Mas a outra parte do problema foi, com certeza, a precipitação em se comprometerem a algo sem pensar muito bem em tudo que seu voto acarretaria. Por isso, Salomão avisa que “é uma armadilha consagrar algo precipitadamente”. Como isso não acontece só nas páginas da Bíblia, cada leitor deve refletir muito a esse respeito. É muito fácil ser tomado pela emoção ao ouvir uma pregação, ser desafiado por um missionário, ver um trabalho relevante ou fazer algo diferente. Porém, compromissos sérios não devem ser assumidos por causa do calor de um momento — especialmente se for com o Deus eterno. Nem tampouco podem ser impulsionados por motivos errados como egoísmo, desejo de comandar ou necessidade de ser admirado pelas pessoas. Nenhum compromisso feito nessas bases é puro, nem produz resultados edificantes e duradouros.

O problema de assumir uma responsabilidade importante precipitadamente é não avaliar tudo que envolve a obrigação e “só pensar nas consequências depois que se fez o voto”. Quando isso acontece e a pessoa descobre que o preço que assumiu é maior do que está disposta a pagar, duas coisas costumam ocorrer. A primeira é ela desistir. Mas, para tanto, costuma encontrar alguma desculpa ou algum culpado a fim de transferir a responsabilidade do erro para outro. A segunda é protelar. Para que sua imagem não sofra com a desistência, a pessoa continua em sua tarefa, mas realizando-a de modo mecânico e letárgico, sem se comprometer demais e sem pagar o preço necessário para fazer o que assumiu. Nos dois casos o resultado é danoso, seja para quem fez um voto precipitado, ou para as pessoas que são atingidas pelo trabalho. Portanto, lembre-se que Deus quer seu envolvimento em sua obra, mas também que ele não depende de você. Assim, quando quiser fazer algo e se comprometer com o Senhor, pense e ore muito a respeito. O resultado final será bem melhor.

Pr. Thomas Tronco

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