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Provérbios 20.18

  

Provérbios 20.18

“Os conselhos são importantes para quem quiser fazer planos, e quem sai à guerra precisa de orientação” (Pv 20.18 NVI). 

Os últimos séculos foram marcados por guerras na Europa e por muitos guerreiros que entraram para as páginas da história. Porém, dois guerreiros se destacaram em termos de pretensões: Napoleão Bonaparte e Adolf Hitler — o primeiro comandando a França e o segundo, a Alemanha. A diferença entre eles eram seus objetivos, pois, longe de terem como alvo apenas um território ou país específico, eles almejavam a hegemonia europeia no modelo imperial que o mundo só conheceu no passado. Apesar da ousadia do projeto, esses comandantes tiveram bom êxito na maior parte de suas campanhas. Entretanto, cometeram o mesmo erro: tentaram invadir e conquistar a Rússia. Em ambos os casos, é fato que seus exércitos eram mais efetivos que os defensores. Contudo, a estratégia russa sempre foi a mesma: recuar e queimar tudo que deixavam para trás. O resultado foi que a dura fome, a neve espessa, o inverno rigoroso e as estradas intransitáveis derrotaram os invasores. Suas perdas foram tão grandes que seu futuro foi afetado e eles caíram diante de outros inimigos.

O curioso é que, nos dois casos que mencionamos, os poderosos comandantes militares foram alertados sobre os riscos e dificuldades de uma invasão ao território russo, mas não deram ouvidos. Eles não deram valor à posição dos seus conselheiros, nem à do rei Salomão, que disse que “quem sai à guerra precisa de orientação”. Isso é muito importante porque o sucesso militar de algumas campanhas pode dar uma confiança excessiva ao comandante, tornando-o prepotente e descuidado. É nessa hora que os conselheiros devem abrir seus olhos para ver o que lhe fugiu à atenção. O próprio Jesus lançou a seguinte pergunta: “Qual é o rei que, pretendendo sair à guerra contra outro rei, primeiro não se assenta e pensa se com dez mil homens é capaz de enfrentar aquele que vem contra ele com vinte mil? Se não for capaz, enviará uma delegação, enquanto o outro ainda está longe, e pedirá um acordo de paz” (Lc 14.31,32). O que ele não diz, mas que é óbvio, é que tal tarefa é importante, mas também difícil de fazer sozinho, sendo preciso que outros ajudem o rei a avaliar sua situação e o aconselhar.

Mas os conselhos não servem apenas àqueles que comandam um exército. Qualquer pessoa, militar ou civil, criança ou adulto, homem ou mulher, rico ou pobre, que queria traçar metas para alcançar um objetivo precisa estar atento às sugestões e correções das pessoas que ele sabe serem experientes. É exatamente isso que o escritor defende ao dizer que “os conselhos são importantes para quem quiser fazer planos”. Porém, apenas o sábio consegue se beneficiar do aconselhamento, pois só ele tem conhecimento de suas limitações e da necessidade que tem de ouvir outros pontos de vista vindos de pessoas bem preparadas e da sua confiança. Não por coincidência, somente o sábio tem também a humildade necessária para ouvir os conselhos sem ficar na defensiva, sem querer que sua opinião seja sempre a certa e sem cair na armadilha de não dar o braço a torcer. Então, é muito fácil saber se você é um sábio ou um tolo. Basta ver como você reage a conselhos e correções.

Pr. Thomas Tronco

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