Terça, 23 de Abril de 2024
   
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Provérbios 20.12

  

Provérbios 20.12

“Os ouvidos que ouvem e os olhos que veem foram feitos pelo Senhor” (Pv 20.12 NVI). 

No passado, o rei Creso perguntou ao homem mais sábio do mundo, o filósofo Tales, “o que é Deus?”. O filósofo pediu um dia para pensar na resposta. Depois pediu mais um dia, e depois outro, e outro, e outro. Ao final, confessou que não era capaz de responder e que quanto mais tempo ele pensava, mais difícil era, para ele, encontrar uma resposta. Tertuliano de Cartago, um dos pais da igreja, falou sobre esse incidente e afirmou ser um exemplo da ignorância do mundo a respeito do Senhor quando está fora de Cristo. Ele disse: “O homem mais sábio do mundo não pode dizer quem é Deus. Mas o artífice mais ignorante entre os cristãos conhece Deus e é capaz de torná-lo conhecido aos outros”. Essa é uma prova contundente de que o conhecimento de Deus vem pela própria ação de Deus.

Esse provérbio, quando lido a primeira vez, parece tratar apenas da criação. Seria um modo figurado de se referir ao todo usando as partes. Assim, dizer que Deus criou os ouvidos e os olhos significaria que ele é o criador do homem, o que realmente é verdade. Contudo, a forma utilizada por Salomão vai além, ao se referir aos “ouvidos que ouvem” e aos “olhos que veem”. Falando desse modo, pode-se perceber que a ênfase não está no ouvido, mas no ato de ouvir. De modo semelhante, o enfoque não é sobre os olhos, mas sobre a ação de ver. E, nesse caso, tais ações não se limitam aos sentidos físicos, mas ao seu significado teológico. Assim, ouvir significa acolher as instruções de Deus e obedecê-las, enquanto ver significa conhecer o Senhor quando ele se revela ao homem. O homem sozinho não tem capacidade para tanto, de modo que tais acontecimentos devem ser “feitos pelo Senhor”.

Sendo assim, o cristão deve, em primeiro lugar, ser muito grato a Deus por tê-lo tirado das trevas e trazido para a luz, fazendo-o conhecer o evangelho e a salvação em Cristo. É claro que essa gratidão deve ser revertida em ações práticas de obediência e adoração ao salvador. Em segundo lugar, esse conhecimento deve moldar o modo de apresentar o evangelho aos perdidos, não se importando com os meios de marketing ou de manipulação, dependendo inteiramente de Deus para que convença o incrédulo do seu pecado e da sua necessidade de salvação por meio da fé em Cristo. Isso faz com que o pregador deixe de buscar criatividade e se dedicar à fidelidade da mensagem bíblica dada por Deus. Por fim, deve levar o cristão à intensa busca por conhecimento bíblico, sabendo que nada é inacessível ou difícil demais de entender quando o entendimento é produzido por Deus. Tudo isso, certamente, traz segurança ao homem e glórias a Deus.

Pr. Thomas Tronco

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