Quinta, 25 de Abril de 2024
   
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Provérbios 20.8

  

Provérbios 20.8

“Quando o rei se assenta no trono para julgar, com o olhar esmiúça todo o mal” (Pv 20.8 NVI). 

Certa escola particular começou a ter problemas com alguns jovens briguentos. Um deles superava em violência e maldade todos os outros. Um dia, ele bateu em um rapaz muito mais fraco que podia ser qualificado como completamente indefeso diante do agressor. Depois de apanhar, o rapaz ferido venceu o medo e procurou a direção da escola, afinal, ela tinha a obrigação de expulsar o jovem violento. Entretanto, o diretor da escola, sem querer desagradar os pais do rapaz maldoso, que eram muito ricos, alegou não ter como interferir na questão, visto que o conflito ocorreu na calçada da escola e não em seu interior — uma sutileza que não convenceu ninguém. O triste resultado da negligência do diretor foi que, alguns dias depois, o agressor encurralou novamente a vítima e bateu nela até a morte, uma tragédia que podia ser evitada.

A verdade é que uma pessoa responsável por julgar injustiças nunca, nunca mesmo, pode falhar em sua tarefa ou deixar de realizá-la. Para se referir ao assunto, Salomão se vale da figura do “rei”, falando da ocasião em que ele “se assenta no trono para julgar”. Diferente de hoje em dia, em que temos o poder judiciário independente dos poderes executivo e legislativo, os dias antigos eram marcados pela união dos poderes executivo e judiciário na pessoa do rei. Por isso, além de governar, o monarca tinha também de julgar as questões de justiça dentro do seu reino. Temos na Bíblia o exemplo do próprio Salomão agindo como juiz em sua corte (1Rs 3.16-28). Nessa função, o escritor afirma que, “com o olhar”, o rei “esmiúça todo o mal”. Com isso, ele quer dizer que o rei tinha o poder de efetuar um julgamento e, por meio de suas prerrogativas, garantir que o direito se estabelecesse e a injustiça fosse punida e banida do meio do povo. Como juiz, ele tinha capacidade e responsabilidade para agir assim.

Parte da lição é dirigida aos homens injustos, alertando-os de que, ainda que se sintam intocáveis em suas práticas maldosas e perversas, podem ser levados à presença de um juiz e sofrer as duras consequências dos seus atos. É um alerta para que temam e deixem a maldade, praticando o bem. Outra parte da lição é dirigida àqueles que têm a responsabilidade de julgar, lembrando-lhes do seu dever e dos custos de não exercerem corretamente sua função. Esse grupo é encabeçado pelos juízes de direito, mas, de certo modo, abrange todos aqueles que têm a responsabilidade de avaliar atos alheios e corrigir erros, sejam autoridades em esferas inferiores, forças policiais, pastores, professores e pais. Eles devem saber que têm responsabilidades sobre certos círculos e que, caso se omitam nesse dever, resultados muito danosos virão à tona. Nesse caso, a inatividade nunca sai de graça.

Pr. Thomas Tronco

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