Quinta, 28 de Março de 2024
   
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Provérbios 19.15

  

Provérbios 19.15

“A preguiça leva ao sono profundo, e o preguiçoso passa fome” (Pv 19.15 NVI). 

Na aldeia de Worseley, na Inglaterra, há um relógio na igreja feito para bater seu sino treze vezes, ao contrário de outros que batem apenas doze. Durante a construção do primeiro dos famosos canais da Grã-Bretanha, o duque de Bridgewater, que estava dirigindo o projeto, notou um grupo de trabalhadores que ainda estavam descansando, logo após o almoço, ainda que o sino da uma hora da tarde já tivesse batido. A desculpa daqueles homens foi que não perceberam o bater do sino, já que soara apenas uma vez. O duque, então, a fim de impedir a repetição dessa negligência, ordenou que o relógio fosse alterado de modo a bater, nesse horário, treze vezes em vez de uma. Assim, nem o mais preguiçoso poderia ignorar o chamado de retorno ao trabalho.

Uma medida extraordinária como essa só é necessária porque a preguiça é uma das grandes tentações do ser humano. Por isso, não é sem motivo que Salomão alerta que “a preguiça leva ao sono profundo”. Esse é um modo que colocar uma questão que vai muito além de um simples cochilo. Trata-se do procedimento irresponsável do preguiçoso pelo qual ele se abstém de fazer o que lhe é obrigatório. Desde o primeiro pecado, a missão do homem parece ser a de minimizar os efeitos da queda, dentre os quais o de obter sustento “com o suor do seu rosto” (Gn 3.19). Contudo, o pecado do homem o leva além da luta contra a limitação, fazendo-o repousar no desleixo, na indolência e no apego excessivo pela folga, o que, em outras palavras, chamamos de preguiça. Assim, em vez de fazer o que deve e cumprir sua responsabilidade, o preguiçoso acaba prezando desmedidamente o sono e o descanso.

O grande problema é que esse defeito que nasce no interior do homem assume um caráter exterior na forma da necessidade. Por isso, o escritor completa explicando que “o preguiçoso passa fome”. Essa é a ironia que cerca a ociosidade. Apesar de o preguiçoso buscar conforto, é justamente o próprio conforto que ele perde ao não providenciar aquilo que ele e seus familiares necessitam. O sofrimento decorrente disso atinge escalas difíceis de prever e mais difíceis ainda de enfrentar. O mais triste é que tal lição, mais cedo ou mais tarde, é aprendida, mas nem sempre é possível reverter suas cruéis consequências. Alertas como o desse texto são realmente necessários. Mas eles não bastam. É preciso o homem se levantar e se dispor a fazer o que é da sua responsabilidade. Afinal, o relógio está tocando!

Pr. Thomas Tronco

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