Quinta, 28 de Março de 2024
   
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Provérbios 18.18

  

Provérbios 18.18

“Lançar sortes resolve contendas e decide questões entre poderosos” (Pv 18.18 NVI). 

Quando o ex-primeiro-ministro britânico Harold Macmillan (1894-1986) era ministro da Inglaterra na Argélia, durante a Segunda Guerra Mundial, ele foi chamado para resolver uma disputa entre os oficiais britânicos e americanos, os quais eram aliados. Os americanos queriam que as bebidas fossem servidas antes das refeições e os britânicos, depois. A solução de Macmillan foi simples: “De agora em diante, vamos todos beber antes das refeições, em deferência aos americanos. E vamos todos beber depois do jantar, em deferência aos britânicos”. Nem é preciso dizer que todos os pinguços gostaram demais da decisão.

Como nem todas as disputas podem ser resolvidas servindo mais um copo de bebida, esse é um problema que deve receber a atenção das pessoas. Salomão, pensando nisso — ele mesmo deve ter lidado com muitos casos desses —, fala de “questões entre poderosos”. Será que só os poderosos têm “questões” ou disputas? Claro que não! Mas quando um poderoso entra em demanda com alguém sem recursos, normalmente a disputa dura pouco. Entretanto, quando poderosos entram em litígio, o problema é maior, podendo desembocar até mesmo em uma disputa ardente com sérias consequências. Por isso, o rei sábio diz que, nesses casos, há um modo que “resolve contendas e decide questões”. O método utilizado, por mais estranho que nos pareça à primeira vista, é “lançar sortes”. Mas é preciso entender o contexto.

No passado, não se lançavam sortes como se joga cara ou coroa, deixando o acaso decidir. Tratava-se de um modo de consultar Deus, entre os quais figurava o Urim e o Tumim (Êx 28.30), duas pedras que ficavam acondicionadas no peitoral do sumo sacerdote cuja função era expor a decisão de Deus quando consultado. Por isso, também é dito que “a sorte é lançada no colo, mas a decisão vem do Senhor” (Pv 16.33). Desse modo, Deus é quem decidia o resultado dos litígios entre homens poderosos. O paralelo moderno dessa prática não é decidir questões complicadas na sorte, mas buscar a Deus e depender dele para o desfecho de situações complexas. A decisão deve continuar vindo de Deus, mas, agora, por meio da oração, da leitura das Escrituras e da ação do Espírito Santo, o qual guia os servos de Cristo. A questão, então, é saber, em casos assim, se você aguardará Deus guiá-lo por sua Palavra e direcionamento ou se fará à força as coisas do seu modo?

Pr. Thomas Tronco

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