Quinta, 25 de Abril de 2024
   
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Provérbios 18.16

  

Provérbios 18.16

“O presente abre o caminho para aquele que o entrega e o conduz à presença dos grandes” (Pv 18.16 NVI). 

Existe uma bela lenda hebraica de dois irmãos que eram vizinhos. Um deles era chefe de uma grande família e o outro vivia sozinho. Uma noite, um deles pensou: “Meu irmão mora sozinho e não tem uma família para alegrar o seu coração como eu tenho. Enquanto ele dorme, vou levar parte da minha produção agrícola para suas terras”. Na mesma hora, o outro irmão pensou: “Meu irmão tem uma família grande e suas necessidades são maiores que as minhas. Enquanto ele dorme, vou levar parte da minha produção para o seu campo”. Assim, os dois irmãos partiram e se encontraram na linha divisória entre suas propriedades. Lá eles deram um forte abraço. Dizem que anos mais tarde, no mesmo local, foi construído o templo de Jerusalém, mais precisamente o altar do templo.

Esse caso exemplifica presentes dados de bom grado e de coração puro, sem segundas intenções. A princípio, parece ser esse o assunto do texto em questão, já que diz que “o presente abre o caminho para aquele que o entrega”. Parece se tratar de um presente dado por amor ou amizade, até que o texto revela o resultado por detrás do agrado, dizendo que a dádiva “conduz” o presenteador “à presença dos grandes”. Esse resultado não tão inesperado revela que o interesse em dar alguns presentes é se beneficiar. É quase como o suborno, mas a palavra utilizada demonstra ser algo mais sutil. Em vez de ser a atitude daquele que paga propina, é, na verdade, a prática de um bajulador que, de modo mascarado, busca comprar as boas graças em seu favor por meio da adulação.

O texto se limita a narrar um fato comum da vida do homem pecador sem lhe julgar os méritos. Contudo, o escopo do livro deixa claro que esse tipo de “esperteza” humana não vem de homens considerados sábios por Deus, mas por tolos, ou seja, aqueles que não confiam no Senhor, mas buscam fazer seus desejos custe o que custar. Quanto aos servos de Deus, esses expedientes não lhe servem porque não são justos nem honestos. O homem que serve o Senhor não pode ter duas caras, nem interesses encobertos, conhecidos como segundas intenções. Também não deve ser um bajulador de homens com a finalidade de obter benefícios. Ele deve ser um homem de honra. Também deve temer a Deus sabendo que ele conhece cada intenção do mais profundo do coração das pessoas. Assim, se você der um presente, que seja como o dos irmãos judeus da história acima, que fizeram por amor e por desprendimento. O abraço também será verdadeiro.

Pr. Thomas Tronco

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