Sexta, 29 de Março de 2024
   
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Provérbios 18.1

  

Provérbios 18.1

“Quem se isola, busca interesses egoístas, e se rebela contra a sensatez” (Pv 18.1 NVI). 

Quando eu era um garoto, jogava voleibol no time mirim da cidade de Atibaia (SP). Naquela época, nosso arquirrival era o time da cidade de Socorro, o qual, nessa categoria, nós nunca vencemos. Depois de mais uma derrota na casa do rival, senti-me muito chateado e, isolando-me dos demais, preferi ir para o vestiário. Na verdade, eu não queria falar com ninguém. Arrumei as mochilas de todos os colegas e carreguei tudo sozinho para a nossa Kombi. Como eu não via os companheiros já havia um bom tempo, fui procurá-los na lanchonete. Chegando lá, fiquei chocado. Os dois times, que tanto lutaram dentro da quadra, estavam tomando refrigerante juntos, conversando e rindo bastante menos eu. Foi nesse dia que eu percebi o quanto era tola minha atitude de me isolar quando perdia um jogo. Nunca mais fiz isso.

Salomão também achava que o isolamento era prova de tolice. Nesse texto, ele fala de “quem se isola”, ou seja, quem foge da companhia dos amigos e irmãos. A razão mais óbvia para isso — que é a última coisa a ser dita no texto — é que ele “se rebela contra a sensatez”, uma maneira poética de dizer que se trata de pura tolice. Contudo, a parte mais reveladora afirma que tal homem “busca interesses egoístas”. Isso realmente aponta para problemas bem mais profundos que não têm relação com timidez ou simples gosto por ficar sozinho. A causa é o pecado, o qual tem dificuldade de encontrar ocasião quando se está cercado de pessoas que, como verdadeiros amigos e irmãos, repreenderiam o rebelde. Por isso, há grande chance de que o homem que se isola faça isso para se afastar de olhos vigilantes a fim de fazer o que é mau e errado.

As duas lições que tiramos disso nos coloca dos dois lados do problema. De um lado, podemos ser aqueles que querem se isolar da companhia das pessoas com quem se devia andar lado a lado. Nesse caso, abriríamos uma porta larga para a queda. A Bíblia diz que devemos nos exortar mutuamente (Hb 3.13), mas, para isso, precisamos ter os irmãos por perto. Por outro lado, podemos perceber algum irmão ou familiar mudar gradualmente de atitude, tornando-se arredio, inacessível e de pouca conversa, afastando-se dos que o amam. Nesse caso, temos boas razões para desconfiar de que algo está errado. Não podemos desistir de tal pessoa, mas buscá-la a fim de corrigir-lhe o erro e fazê-la voltar ao bom senso e ao Senhor. De qualquer modo, independente do lado que se esteja, o isolamento é uma ferramenta para o pecado e não deve ser visto com indulgência. O olhar de Deus sobre o assunto deve ser o nosso próprio.

Pr. Thomas Tronco

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