Quinta, 28 de Março de 2024
   
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Provérbios 17.26

  

Provérbios 17.26

“Não é bom castigar o inocente, nem açoitar quem merece ser honrado” (Pv 17.26 NVI). 

Fugindo um pouco à moda do nosso tempo, gosto de tocar viola caipira e ouvir modas de viola. Recentemente, ouvi uma, de Jacó e Jacozinho, que contava a história de uma injustiça que foi impedida. Certo padre, em uma cidade do interior, repreendeu a filha de um grande fazendeiro por usar roupas indecentes. Ela, raivosa, inventou para seu pai que fora maltratada na igreja, o que fez seu pai contratar pistoleiros para se vingar. O fazendeiro, então, se deitou em sua cama e mandou chamar o padre dizendo que estava doente e que precisava de sua visita. Era uma armadilha. Entretanto, quando o clérigo chegou à fazenda, o homem rico havia de fato morrido, algo que fez todos temerem muito e abandonarem o plano. Tratava-se de um castigo divino sobre o fazendeiro por intentar o mal contra um homem inocente.

Infelizmente, não são todas as injustiças que são impedidas por Deus antes que ocorram. O Senhor, em sua sabedoria e controle soberano, escolheu ensinar o homem a agir bem nesse sentido. Por isso, o escritor de Provérbios diz que “não é bom castigar o inocente”. Esse é o primeiro de vários provérbios que utilizam a forma “não é bom” para transmitir valores morais (cf. Pv 18.5; 19.2; 24.23; 25.27; 28.21). Cada um desses textos aponta uma realidade diferente. Quanto a esse, o tema é executar um castigo sobre quem não merece, algo que é muito mau. Se a punição de um inocente é algo repreensível, muito mais é a ação de “açoitar quem merece ser honrado”. Em certo sentido, as duas partes do versículo concordam entre si. Porém, a diferença é que a segunda cláusula trata não apenas de um “inocente”, mas de alguém que “merece ser honrado”. Nesse caso, significa castigar a falta inexistente e negar o merecido reconhecimento e prêmio pela conduta exemplar.

A lição implícita no texto, extraída da expressão “não é bom”, pode ser dividida em duas partes. A primeira é que Deus é o justo juiz que defende a causa do inocente. O fato de, certas vezes, ele aparentemente atrasar em seu juízo não quer dizer que ele se negue a julgar, mas que ele realiza planos que vão além da nossa compreensão. A segunda parte da lição é que, independente da reação de Deus à injustiça, ela não deve fazer parte das ações dos homens de bem, nem dos servos do Senhor. Isso não é aceitável nem no tribunal divino, nem no caráter do homem honrado. Por isso, tome muito cuidado com os julgamentos que você faz. Nunca se negue a julgar o que é certo e errado, nem tampouco deixe de punir os rebeldes. Porém, averigue bem para não cometer injustiças. Deus não as aceita.

Pr. Thomas Tronco

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