Quinta, 28 de Março de 2024
   
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Provérbios 17.18

  

Provérbios 17.18

“O homem sem juízo, com um aperto de mãos se compromete e se torna fiador do seu próximo” (Pv 17.18 NVI). 

Certo homem, querendo montar uma empresa de transportes, planejou comprar um ônibus por meio de um financiamento bancário. Como não tinha propriedades em seu nome, precisou de um fiador para que o empréstimo fosse aprovado. Um amigo lhe ajudou nesse sentido, confiando inteiramente que se tratava apenas de uma necessidade burocrática que nunca lhe daria prejuízo. Nos primeiros meses, o empréstimo foi pago corretamente, mas, devido a um sério acidente com o ônibus, o fiador passou a ser cobrado pelo banco. Procurando o amigo para ter seu nome limpo no mercado, o devedor afirmou não ter como pagar o empréstimo e disse friamente “não vou tirar da boca para lhe pagar”, ignorando que seu companheiro estava sofrendo sérios prejuízos que lhe afetavam o próprio sustento. O fiador nunca mais se levantou dessa condição financeira desfavorável e toda sua família sofreu muito com isso.

Apesar de a prática do fiador ser muito comum na atualidade, no mundo antigo isso também existia, assim como os problemas decorrentes da falta de cumprimento dos acordos e da ausência de pagamento das dívidas. Por isso, Salomão fala aqui do homem que “se torna fiador do seu próximo”. A mesma palavra traduzida como “próximo” também significa “amigo”. Nesse sentido, o escritor aponta para o ato de alguém se tornar fiador de um amigo por meio de “um aperto de mãos”, ou seja, pela ação de empenhar sua palavra e assumir oficialmente sobre si os possíveis prejuízos causados pelo outro. Essa atitude, à primeira vista, parece ser um ato de verdadeira amizade que merece ser mencionado no estudo do versículo anterior. Mas isso não é verdade. O verdadeiro amigo não abandona seu parceiro quando ele precisa, mas também não assume de modo irresponsável o encargo dos atos alheios, arriscando sua própria segurança e de sua família.

Por isso, Salomão chama quem age assim de “homem sem juízo”. O fato de as pessoas serem imperfeitas deve fazer o sábio avaliar todas as possibilidades e nunca se colocar em uma condição de risco. Deve tentar tirar o amigo de um buraco sem cair ele mesmo em uma cova. Nenhuma atitude, em especial nessa área, deve ser tomada sem grandes reflexões, sem consultar as Escrituras e muito menos sem a obediência à Palavra de Deus. A Bíblia e a experiência humana dão provas mais que suficientes de que somente Deus nunca frustra a confiança e as expectativas das pessoas. Portanto, muito cuidado com os compromissos que assume, pois se um não tira da boca para saldar a sua dívida, o outro tem de fazê-lo.

Pr. Thomas Tronco

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