Sexta, 19 de Abril de 2024
   
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Provérbios 13.24

     

Provérbios 13.24

“Quem se nega a castigar seu filho não o ama; quem o ama não hesita em discipliná-lo” (Pv 13.24 NVI). 

Conversei com um pai em determinada ocasião e, falando sobre nossos filhos, ele disse orgulhosamente: “Nunca repreendi meu filho”. No início, eu não expressei reação, pois não entendi se era sério ou se era algum tipo de brincadeira. Então, dei uma reposta superficial e fiquei esperando que ele explicasse melhor. De fato, aquele homem nunca corrigira seu filho e achava mesmo que aquilo era prova de amor. Para provar seu ponto de vista, ele citou casos de violência paterna que são noticiados nos jornais. Eu respondi que o fato de haver quem espanque os filhos de modo absurdo e reprovável não queria dizer que corrigir os filhos segundo os ensinos da Palavra de Deus era errado ou era falta de amor — muito pelo contrário. Na época, ele não concordou comigo. Hoje, certamente concorda, pois seu filho cresceu sem educação, sem valores sólidos e cria sérios problemas onde quer que vá.

Salomão concordaria com o que eu disse àquele homem, pois via a correção paterna como uma função a ser desempenhada com responsabilidade e como uma verdadeira prova de amor. Assim, ele primeiro fala do homem que “se nega a castigar seu filho”. Sem rodeios e sem atitudes “politicamente corretas”, ele declara que esse “não o ama”. Apesar de o mundo dizer que uma prova de amor é dar liberdade de as pessoas fazerem o que quiserem e deixá-las pensar como bem entenderem, o amor de verdade não valoriza mais a liberdade que a verdade e a retidão — principalmente porque sabe que essa liberdade presente representará um fardo futuro. O fato é que quem não corrige o filho demonstra que ama mais a si mesmo que a ele e, por isso, não se dá ao duro trabalho de lapidar a pedra bruta e manchada que são os pequenos.

Tendo dito isso, o sábio rei fala de quem “ama” o filho. Do mesmo modo que na primeira parte, ele diz com clareza que esse “não hesita em discipliná-lo”. É claro que os espancadores covardes também não hesitam, mas eles não o fazem por amor. O assunto aqui é o pai e a mãe que amam seus filhos. Por amarem, eles fazem algo que lhes é custoso: corrigem e disciplinam os filhos. Eles não têm gosto nisso — como os violentos. Eles fazem porque sabem que é preciso e que o custo de negligenciar esse dever trará muito sofrimento para os filhos que tanto amam. Assim, eles ensinam justiça, responsabilidade, senso de dever e temor a Deus. Antigamente, isso era mais comum que hoje. Basta ver no que o mundo se tornou e como são os jovens de hoje para saber se Salomão disse algo sábio ou não.

Pr. Thomas Tronco

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