Quinta, 28 de Março de 2024
   
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Homem de Fogo

Pastoral

“Aquele que aos seus anjos faz ventos, e a seus ministros, labaredas de fogo” (Hb 1.7).

Eu queria ser um homem de fogo, com entranhas de fogo e cabeça de fogo. Então, quando eu transgredisse a vontade santa de Deus, o arrependimento em mim seria como a lava borbulhante, ardendo, fervendo, explodindo enfim para fora em sincero clamor e desejo de perdão e pureza.

Eu queria ser um homem de fogo, com pernas de fogo e pés de fogo. Então eu levaria luz e calor por onde eu passasse, livrando os oprimidos e infelizes da gélida escuridão do desespero, da ignorância, da incredulidade e do medo. Assim, seus olhos iriam brilhar como nunca com a chama da esperança que nasce da fé e da verdade.

Eu queria ser um homem de fogo, com lábios de fogo e dentes de fogo. Então, meu riso zombeteiro consumiria as ideias de grandeza e de glória deste mundo, mostrando a todos que não passam de palha sem valor algum, sem peso algum, sem substância alguma... Só palha seca que não brota nem floresce.

Eu queria ser um homem de fogo, com o peito de fogo e a fronte de fogo. Então não teria medo dos dardos inflamados do diabo, nem do homem violento que ameaça os pastores e as ovelhas do aprisco de Deus. Antes, me levantaria corajoso e, sendo atacado, reduziria suas armas a fumaça dissipada pelo vento. Se esses inimigos, porém, tivessem fome e sede, eu lhes daria comida e bebida, amontoando, também assim, brasas de fogo sobre as suas cabeças.

Eu queria ser um homem de fogo, com dedos de fogo e olhos de fogo. Então, quando eu olhasse para os dragões de hoje e apontasse para eles, esses monstros mitológicos modernos que urram, berram e fungam fingindo ter fogo correriam assustados. Eu os afugentaria, torrando as suas mentiras, incinerando suas fábulas e fazendo-os lembrar de um outro fogo - o fogo que os aguarda no fim de sua carreira tão vil.

Eu queria ser um homem de fogo, com língua de fogo e coração de fogo. Então, quando eu pregasse, meu hálito derreteria o gelo dos crentes apáticos e distantes. Eu os incendiaria com labaredas ardentes de frases e palavras calorosas e veria a neve deprimente de sua face escorrer e secar, dando lugar a um rosto radiante de vibração e alegria no serviço do Rei.

Ah, Deus da sarça, tanto tempo já passou, tanto da vida já se foi! Até quando? Vem e me incendeia com a brasa do teu Espírito e, da mesma forma como uma chama não diminui quando a usam para acender outra, usa-me na formação de um exército de fogo, sem que isso me enfraqueça.

Sim, ateia em mim o fogo do teu fervor e espalha-o sobre outros homens, formando uma multidão de tochas que clareiem a mente cega deste mundo repleto de espantalhos de graveto.

Ah, Deus da sarça, acende logo no povo santo o fogo do teu zelo que afinal refrigera, antes de acender nos ímpios o fogo da tua ira que afinal consome e fulmina.

Pr. Marcos Granconato
Soli Deo gloria

 

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